sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Que bom para "NÓIS"

O Brasil reúne as condições necessárias para se tornar, nos próximos dias, o primeiro país, entre os cem países analisados pela agência de classificação de risco Moody's, a ser avaliado como ''grau de investimento'' desde o início da crise econômica.
Em entrevista à BBC Brasil, Mauro Leos afirmou que, se a conclusão do comitê de avaliação da agência for a de que o Brasil merece entrar nessa categoria, isso se dará porque ''o país está apto a arcar com choques externos, está se movendo na direção certa e os riscos crediários que enfrenta são mais baixos do que antes''.
Outras duas agências de risco, a Standard & Poor's e a Fitch Ratings, já haviam elevado a classificação do Brasil para grau de investimento, no ano passado.
Mas a Moody's, ao contrário das duas outras, decidiu não elevar a categoria do país no ano passado, a fim de aguardar para ver o quanto o país seria afetado pelos efeitos da crise econômica mundial.
''O Brasil se saiu melhor do que o esperado. E um dos fatores decisivos para rever a classificação do país foi a avaliação do mercado. No Brasil, após um período crítico entre setembro e novembro, quando houve queda da atividade econômica, o sentimento do mercado melhorou consideravelmente'', afirma Leos.
Segundo ele, a despeito do ''declínio abrupto do quarto trimestre de 2008, o Brasil se diferenciou de outras economias emergentes em 2009, porque já está crescendo a uma taxa de 4%, no terceiro trimestre, em termos anuais, um índice que não temos visto em outros países''.
Fatores como sistema bancário sólido, balanço de pagamentos positivo e retorno do fluxo de capitais foram determinantes para provocar a revisão da Moody's.
O analista afirma que o Brasil, assim como outras nações afetadas pela crise, sofreu um aumento de seu déficit fiscal e, consequentemente, da dívida pública.
''Mas no caso do Brasil, isso não é grande o suficiente para causar preocupação. A posição oficial do governo é a de retomar balanços primários consistentes com o compromisso de reduzir a dívida pública.''

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